31 anos depois do Brasil sediar a ECO/92, o recado maior
da Cúpula da Terra continua atual e desafiador.
É no município que tudo inicia, seja nas tragédias ou nas soluções
sustentáveis que mereçam ser reconhecidas
e possam ajudar a salvar o mundo.
Seguindo Estocolmo, o Brasil foi sede da ECO/92, a segunda Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, que reuniu o maior número de estadistas na história da humanidade. Também chamada de RIO/92, a Cúpula da Terra ali reunida deixou um recado ao mundo que continua atual e desafiador: “Temos de pensar globalmente e agir localmente”.
Em 2006, durante duas outras conferências internacionais sobre biodiversidade realizadas no Brasil, o Greenpeace deu amplitude planetária, nos braços do Cristo Redentor, ao lema que sempre defendeu: “O futuro do planeta está em nossas mãos”.
Nunca precisamos de tantas mãos, como agora, para nos unirmos e fazermos algo sustentável diante do diagnóstico suicida causado pelo desmatamento, a crise hídrica e as secas recordes que empobrecem a natureza e as populações mais vulneráveis.
Toda tragédia ou solução ambiental começa, primeiro, em âmbito local, no município. E só pode ser evitada ou melhorada, a partir dessa visão ecológica.
É esta a temática inspiradora do “14º Prêmio Hugo Werneck de Meio Ambiente & Sustentabilidade”, este ano: A municipalização da questão ambiental.
O “Prêmio Hugo Werneck de Sustentabilidade & Amor à Natureza” foi criado em 2010 em homenagem ao ambientalista mineiro Hugo Werneck (1919-2008). Um dos precursores da consciência ecológica na América Latina – ele foi o fundador do Centro para a Conservação da Natureza e defensor da criação de importantes áreas verdes de Minas Gerais, como os parques Nacional da Serra do Cipó e Estadual do Rio Doce. Dr. Hugo acreditava que só o amor, a informação e a educação ambiental podem mudar a atitude do ser humano em relação ao meio ambiente e à natureza que nos resta.
Porque é no município, primeiro, que tudo inicia e acontece antes de ganhar escala global. Seja nas tragédias anunciadas. Ou nas soluções sustentáveis, que mereçam ser reconhecidas e premiadas.
Essa tem sido, em vários países, a nova e inclusiva estratégia de enfrentamento no embate ambiental, através da educação ambiental e mobilização da sociedade. Afinal, o rio mais importante do mundo a ser recuperado é o rio que passa em nossa aldeia, cidade ou país.
Tal como nos processos em andamento de licença ambiental, quem mais conhece e poderia dizer sim ou não a algum empreendimento potencialmente poluidor deveria ser a comunidade local. O nome dessa conquista socioambiental é “empoderamento”.
Tudo vem do município. Antes da esfera estadual, federal e internacional. Como acontece com os rios até o encontro deles com o mar. Nesta mesma ordem ecológica, o Prêmio Hugo Werneck propõe: premiar e divulgar o nosso agir local, diante dos nossos olhos e ainda em nossas mãos.
Participe!
As inscrições e indicações são recebidas pelo Comitê Executivo e encaminhadas à Comissão Julgadora, que analisa e avalia as iniciativas, projetos, programas e ações concorrentes ao prêmio, podendo também direcioná-los para outras categorias. Ela é composta por membros da Academia Ambiental – grupo formado por ambientalistas e personalidades com atuação em órgãos públicos ambientais e entidades educacionais independentes, bem como por integrantes dos Conselhos Editorial e Consultivo da Revista Ecológico. A Comissão Julgadora também é responsável pela conferência das notas de avaliação e legitimação do vencedor em cada categoria.
A solenidade de entrega do XIV Prêmio Hugo Werneck contará com cobertura jornalística dos veículos: